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22/03/16

com o coração apertado ...

de Egon Schiele
Os atentados de Bruxelas doem-me ainda mais fundo que os de Paris, tenho lá o meu irmão, a minha cunhada, a minha sobrinha. E odeio de um ódio visceral quem assim se arroga o direito de ceifar vidas inocentes e de espalhar o terror, semear o medo.
E tenho o coração apertado de preocupação e angústia, por eles, pelo meu filho longe. Choro as famílias hoje enlutadas.

E tento perceber, encontrar caminhos que acabem de vez com esta barbárie. E questiono-me sobre a eficácia, nenhuma, deste "combate ao terrorismo" desde os ataques de 2001, nos EUA, aquela invasão do Iraque tão iniciadora de tudo.

E não posso deixar de olhar as vidas desfeitas dos milhares de refugiados que fogem deste mesmo horror, encurralados e indesejados, vítimas, também eles, de facínoras iguais a estes, os jihadistas e os outros, carregados de armas e de bombas e de drones, desses que, incondenados, lhes vêm destruindo as cidades e os países, há anos, todos os dias.


Não posso deixar de me interrogar sobre as causas profundas das coisas, as culpas, várias, e as conivências, os que ganham com estas guerras e guerrilhas.


E não posso aceitar este "olho por olho, dente por dente", que mais não tem feito que generalizar as guerras e espalhar a morte e a dor, sempre de inocentes, cá ou lá. 


E penso, que raio de instituições são estas, as europeias e as outras? Que raio de utilidade têm as Nações Unidas, assim tão cegas e surdas, tão inoperantes e coniventes?

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